Brasil x Juiz x Côite d’Avoire

Os franceses andam fazendo escola com o jeitinho brasileiro. Ou a confidência descontraída com o nosso Luís Fabiano, na volta da comemoração do segundo golaço, foi o que? Mas a malandragem ainda falta, meu querido juge ou arbitre, falta sim… Onde já se viu querer discrição no evento máximo do capital ô… do futebol? Malandragem dá um tempo, já diria o guru Bezerra da Silva! Esperava pra depois do chuveiro, nos corredores, longe das câmeras, pra falar: “Aí Louison, qubrreui su galho naqüile ãnh! Trè bean le gol!”Na minha terra esse é o famoso juninho ou beginer

Mas ele tinha razão quanto ao gol. Que lindo Luís Fabiano! Que lindo! Dois chapéus e na copa…pa! Desencantou, tirou o cabaço do pé. Seleção campeã precisa de centro-avante goleador. Se for hexa então, aí é centro-avante, volante, lateral goleador… E o seis dedos esticados na  comemoração do primeiro gol… diz o Tino Marcos (sim, nos rendemos ao Galvão hoje) que era pra filha que completava seis anos, mas eu li: HEEEEEEEEEXAAAAAAAAA!

E foi depois desse gol que os menino começaram a jogar, porque antes tava bem ruim. Ao contrário, na minha opnião, que contra a Coréia, no primeiro tempo inclusive. Aqui não acompanho semanalmente os chavões da opnião futbolística que, hoje, até nos butecos é influenciada pela mídia (os dilata tempo das mesas redondas de terça à tarde). Onde estão os barrigudos pensadores, que tem algo novo a dizer? O chavão recente usava da pobre rima de vencer com convencer. Pois me convenceu o Brasil, desde a Coréia, sim.

E para mim olhos valem muito! E os olhos do Dunga, esses são os que mais me convencem. Quando entra em campo, seu olhar transparece honestamente humildade perante a batalha a seguir. Além disso, a emoção das comemorações, as expressões que as câmeras nos permitem decifrar, o choro de um lateral comemorando com um goleiro (coadjuvantes no gol feito) num gol de segundo jogo de primeira fase – isso me convence. Además, o futebol da seleção está movimentado. Os dois gols tomados foram vacilos incríveis, e contra os gajos é que vamos ver como anda mesmo essa defesa, mas até aqui, do boliche ou butecodaquí e sem barriga mas umpouquinhomaisfortinho, tô achando bonito de ver!

Feio foram o jogadores de Côite d’Avoire abrindo a caixa de ferramenta. Parecia guerra civíl, colonização de demarcadas linhas retas juntando tribos inimigas. Francês era o juiz meus queridos, quem explorou foram eles. A nós nos fuderam igual, só que a mais tempo e com mais recursos naturais depois da independência. Eles não… Foi uma Europa inteira pra cima e não se constrageram em arrasar um continente de uma cor e várias etnias. Quiseram ser discretos e lhes chamaram de colônia autônoma, depois república autônoma e aí por fim deram a independência pra quem antes se sustentava sozinho, saindo com uma risadinha, imagino, parecida com a do juizão pro Louis.

Fica a sugestão para o próximo jogo: ao invés de trocar o brasão do Ricardo Teixeira ô…   da CBF – ofereçamos um espelhinho e um pente. Qué te parece?

~ por stopo em 20 de junho de 2010.

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