Falando Escrito, eu Vestida de Luneta.

Vamos pra Valizas?
Vamos.
Cheguei…

Aqui venta muito mas as ondas do mar são pequenas.
Mar gelado, areia molhada, vento frio e eu já posso sentir o cheiro do mate chegando pra esquentar.
Gosto amargo na boca, olho pro lado e vejo uma das cenas mais doces que meus olhos já puderam enxergar… ela está de azul e a praia é só dela e de seus movimentos. Está na ponta dos pés catando os regalos que o mar aqui deixou, na porta de casa.

Aqui sempre tem um cachorro sozinho para um dono solitário.
Vento salgado que o mar traz.
Vento gelado que sopra o oceano.

Karkas, a famosa casa tartaruga.
Pequena e aconchegante,  e eu a conheci em pleno dia, um sol lá fora mas dentro fazia frio.
E o plasma… ah seu plasma!
Hoy miravamos la pelicula El Mar Negro de Valizas.
Com a imagem do plasma vem o vento, o mais famoso nessa época.
E aí, pimba!

O dono de Karkas, Inti o Sol.
Que dulce hombre me parece Inti.

Nos pés areia,
Na pele,
No pelo,
Em todo o cuerpo.

Há muita alegria no povo daqui e muita dor, como no meu povo de lá.
Estou tranquila no paraíso das contradições.
Que bueno!


2 Respostas to “Falando Escrito, eu Vestida de Luneta.”

  1. fiz meu login.
    bjs

  2. O desaparecimento da leitura em voz alta é muito estranho. O que teria Dostoievski pensado disto? E Flaubert? Já não há o direito de colocar as palavras na boca antes de as meter na cabeça? Já não há ouvidos? Já não há música? Já não há saliva? As palavras já não sabem a nada? O que é que se passa? (…) Gigantescos anunciadores de sentido, venham cá! Venham soprar nos nossos livros! As palavras precisam de corpo! Os nossos livros precisam ter vida!”

    Daniel Pennac

Deixe um comentário